Mãe de Deus
Encarnando-se
nas castíssimas entranhas de Nossa Senhora, e d’Ela nascendo, o Verbo eterno A
elevou como o sol, acima de todos os Anjos e Santos.
“A
grandeza de Jesus reflete sobre Maria todos os seus raios. Pois é sempre
verdade que, assim como a honra e a glória dos pais se refletem sobre seus
filhos, também a honra e a glória dos filhos se refletem sobre seus pais.[...]
“O
panegirista de Filipe da Macedônia, pai de Alexandre Magno, chegado ao ponto
mais alto de seu discurso, disse: «Bastaria
dizer para tua glória que tiveste por filho Alexandre». Outro tanto, e
ainda com maior razão, podemos dizer de Maria: Bastaria dizer para vossa glória
que tivestes por filho, Jesus.
“Pode-se,
porventura, imaginar uma glória mais alta? É, com efeito uma dignidade tão
admirável que o próprio Deus, não obstante sua onipotência, não poderia criar
outra mais sublime do que esta. Para que, de fato possa haver uma mãe maior e
mais perfeita do que Maria, seria necessário que existisse um filho maior e
mais perfeito do que Jesus, coisa impossível, pois não pode haver nada de maior
do que Deus. Não somente Maria se acha, de fato, logo depois de Deus na escala
da grandeza, mas sua união com Ele é tão estreita, que não há mais lugar para
outra criatura, inferior a Deus e superior a Maria.
“Com
a divina maternidade, Deus concedeu à criatura tudo que a essa pode ser
concedido, depois da união hipostática. Maria é a obra-prima do Onipotente. Por
isto se pode dizer que os Santos Padres e os Doutores da Igreja esgotaram o
vocabulário, exaltando Maria”.
Conrado
da Saxônia escreve: “Ser Mãe de Deus é
uma graça tal que Deus não pode conceder outra maior. Poderia criar um mundo e
um céu maiores, porém fazer maior do que a Mãe de Deus é, mesmo para Ele, coisa
impossível”. (Speculum B.M.V., 1.10)
ROSCHINI,
Gabriel. Instruções Marianas. São Paulo:Paulinas, 1960.p.49
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