Pensamentos de Santa Teresinha
Aquele
que na terra tenha querido ser o mais pobre, o mais esquecido por amor de
Jesus, esse será o primeiro, o mais nobre é o mais rico! (A56r).
Permanecer
criança diante de Deus é reconhecer o seu nada, esperar tudo de Deus, como uma
criança espera tudo do pai; é não se inquietar com nada, não acumular bens.
(...)
Ser
pequeno, é ainda não atribuir a si mesmo as virtudes que se praticam,
julgando-se capaz de alguma coisa, mas reconhecer que Deus coloca este tesouro
na mão do seu filho para que se sirva dele quando precisar; mas é sempre o
tesouro de Deus.
Enfim,
é não desanimar com as próprias faltas, porque as crianças caem muitas vezes, mas
são demasiado pequenas para se magoarem muito (UC 6.8.8).
Se eu
me dissesse a mim mesma, por exemplo: «Adquiri determinada virtude, estou segura
de a poder praticar», seria apoiar-se nas suas próprias forças, e quando se
chega a esse ponto, corre-se o risco de cair no abismo. Mas terei o direito, sem
ofender a Deus, de fazer pequenas tolices até à minha morte, se for humilde, se
permanecer pequenina. Veja as crianças; não param de partir, de rasgar, de
cair, mesmo amando muito, muito os pais. Quando caio assim, isso faz-me ver
ainda mais o meu nada e digo a mim mesma: “Que faria eu, em que me tornaria, se
me apoiasse sobre as minhas próprias forças?!..” (UC 7.8.4).
Santa Teresa de Liseux -Pensamentos 3- Edições Carmelo. p.39
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